sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Amor de gato...


(quando você leu o titulo aposto que pensou besteira)

Então gente,para quem não sabe, eu amo os gatos.Logo por esse motivo decidi fazer uma homenagem a eles .( e também a Bastet...)

Desde tempos muito remotos, o homem constrói uma relação bastante peculiar com os animais que rondam o seu mundo. Em algumas culturas, certos animais são cultuados como deuses ou representam a origem de alguma importante divindade. Em outros casos, podem ter a sua simples presença associada ao aviso de um mau presságio ou a encarnação de algum tipo de maldição. No caso dos gatos, podemos ver que os dois tipos de olhar se aplicam a esse curioso felino.

Por volta de 10.000 anos atrás, os gatos surgiram nos grupos humanos sedentários com a função natural de exterminar os roedores que rondavam os estoques de grãos. Nessa mesma época, lendas hebraicas e babilônicas diziam que os gatos surgiram através do espirro de um leão. Provavelmente, esse tipo de explicação mítica adveio das semelhanças físicas e de comportamento observadas entre esses dois animais oriundos da mesma família biológica.
Gatos na antiguidade
(Sacerdotisa de Bastet)

"Amada Bastet, 
Senhora da alegria e da generosidade, 
gêmea do Deus Sol, 
mate o mal que aflige nossas mentes 
assim como tu mataste a serpente Apep. 
Com tua graciosa discrição, 
antecipe aos movimentos 
de todos aqueles que perpetram crueldades 
e que fiquem suas mãos 
diante da Criança da Luz."

Entre os egípcios, esse grau de proximidade se estreitou quando várias divindades assumiam partes do corpo de um gato. Bastet, a deusa egípcia da fertilidade e do amor materno, era comumente representada por uma mulher com cabeça de gato. Observando os vários registros de imagem organizados pelos egípcios, podemos ver que os gatos perambulavam pela corte e não tinham cerimônia algum em se aproximar de qualquer indivíduo pertencente àquela civilização


No século XVII, período conhecido como o da “caça às bruxas”, a Inquisição agiu fervorosamente em toda a Europa e América. Mulheres idosas e solitárias, que possuíam um Gato como companhia, eram acusadas de bruxaria, torturadas até que confessassem aquilo que a Igreja queria, e então eram condenadas à morte, queimadas vivas em público, e seus bens imediatamente roubados pela Igreja. O julgamento das “bruxas de Salem”, em Massachussetts, é um dos principais registros deste período negro da história dos Estados Unidos.
Mesmo nestes tempos de tanto ódio, os Gatos foram amados em alguns países, como na Rússia, onde eram comuns serem encontrados em conventos e mosteiros. Com o tempo, a Igreja também foi sendo mais tolerante à presença do Gato, e a perseguição aos felinos foi diminuindo. O cardeal Richelieu chegou a ter muitos Gatos, entre eles um angorá preto chamado Lúcifer. No século XVIII, são abolidas as leis sobre a feitiçaria. Neste período, Isaac Newton, para maior conforto dos seus Gatos, inventa a portinhola, que permitia que os Gatos entrassem e saíssem de casa quando bem entendessem. No século XIX são aprovadas na Inglaterra as primeiras leis anti-crueldades, e fundadas as primeiras organizações em defesa do Gato e de outros animais. Finalmente os Gatos passariam a receber cuidados especiais.

Mendel não estudou apenas ervilhas, mas também os Gatos. O pai da genética ficou impressionado com a alta diversidade resultante dos cruzamentos e com certas permanências que lhe sugeriram a hipótese de dois fatores, um recessivo e outro dominante. Ainda hoje os Gatos continuam dando o seu contributo à ciência e à sobrevivência da espécie humana. Em 1961, milhares de Gatos foram transportados de avião para Bornéu, para acabarem com uma grande invasão de Ratos nos arrozais, e com o sucesso esperado, evitaram que milhares de pessoas daquela ilha morressem de fome.
Lord Byron proclamou a superioridade do Gato em relação ao homem: “Ele possui a beleza sem a vaidade, a força sem a insolência, a coragem sem a ferocidade, todas as virtudes do homem sem os vícios”. Foram também exaltados por Victor Hugo, Charles Baudelaire, Mark Twain, Pablo Neruda, amados por Chopin, Liszt, Monet, Renoir, e outras importantes figuras da nossa história, pessoas de talento e sensibilidade.

Os Gatos domésticos fazem parte da família Felidae, que é dividida em seis gêneros: Felis, dos Gatos, Jaguatirica e Suçuarana (Puma); Panthera, do Leão, Tigre e Onça pintada (Jaguar); Acinonyx, da Cheeta; Uncia, do Leopardo das neves; Lynx, dos Linces; e Neofelis. No total são 37 espécies de felinos, das quais oito ocorrem naturalmente no Brasil: o Gato do mato pequeno, o Gato do mato grande, o Gato maracajá, o Gato palheiro, o Gato mourisco (Jagurundi), a Jaguatirica, a Suçuarana, e a Onça pintada. O Gato, apesar de domesticado, ainda possui características em comum com os seus parentes selvagens, como a técnica de caça. Gracioso, sociável, higiênico, inteligente e independente, passam cerca de 50% da vida em sono leve, 15% em sono profundo, e a maior parte dos 35% restantes, caçando, namorando, brincando e principalmente se limpando.

Infelizmente ainda hoje os Gatos continuam sendo perseguidos, por pessoas que se julgam representantes de uma raça superior. Há condições para uma vida harmoniosa entre Gatos e humanos. Inúmeros fatos da nossa história comprovam que estes felinos sempre estiveram do nosso lado, mesmo que só para conseguirem um simples afago.


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